quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

COESÃO TEXTUAL


Coesão textual

Para que um texto apresente coesão, devemos escrever de maneira que as ideias se liguem umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua leitura se dá com facilidade.

Dispomos de vários mecanismos para conectar e relacionar as partes de um texto. Abaixo, citamos os principais:

1. Coesão referencial
Alcançamos a coesão referencial utilizando expressões que retomam ou antecipam nossas ideias: 

onde: indica a noção de "lugar" e pode substituir outras palavras. 
São Paulo é uma cidade onde a poluição atinge níveis muito altos. [No caso, "onde" retoma a palavra "cidade".] 

cujo: pode estabelecer uma relação de posse entre dois substantivos.
Raul Pompeia é um escritor cujas obras lemos com prazer. 

que: pode substituir (e evitar a repetição de) palavras ou de uma oração inteira.
Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil, o que permitiu aos portugueses ampliarem seu império marítimo. 

esse(a), isso: podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que já foi mencionada no texto.
O presidente de uma ONG tem inúmeras funções a cumprir. Essas responsabilidades, no entanto, podem 
ser divididas com outros membros da diretoria. 

este(a), isto: podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que será mencionada no texto.
O que me fascina em Machado de Assis é isto: sua ironia.

2. Coesão lexical
Permite evitar a repetição de palavras e, também, unir partes de um texto. Pode ser alcançada utilizando-se: 

sinônimos: palavras semelhantes que podem ser usadas em diferentes contextos, mas sem alterar o que o texto pretende transmitir. 
presidente do Palmeiras, Silvano Eustáquio, afirmou que o time tem todas as condições para ganhar o campeonato. Segundo o dirigente, com Miudinho na zaga, o gol palmeirense será impenetrável. Na opinião do cartola, a torcida só terá motivos de alegria. 

hiperônimos: vocábulo de sentido mais genérico em relação a outro.
Lucinha estava na poltrona do cinema, esperando o filme começar, quando, de repente, no assento ao lado, uma idosa desmaiou. 

perífrases: construção mais complexa para caracterizar uma expressão mais simples.
vigilância policial nos estádios de futebol é sempre necessária, pois as torcidas às vezes agem com violência. Na verdade, não é mais possível a realização de qualquer campeonato sem a presença de elementos treinados para garantir não só a ordem, mas também proteger a segurança dos cidadãos que desejam acompanhar o jogo em tranquilidade.

3. Coesão sequencial
Trata-se de estabelecer relações lógicas entre as ideias do texto. Para tanto, utilizamos os chamados conectivos (principalmente preposições e conjunções). Veja os principais: 

Consequência (ou conclusão): por isso, logo, portanto, pois, de modo que, assim, então, por conseguinte, em vista disso.
Ela é muito competente, por isso conseguiu a vaga. 

Causa: porque, pois, visto que, já que, dado que, como, uma vez que, porquanto, por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, por motivo de, por razões de.
Ela conseguiu a vaga, já que é muito competente. 

Oposição: entretanto, mas, porém, no entanto, todavia, contudo.
Paulo tinha tudo para ganhar a corrida, no entanto, no dia da prova, sofreu um acidente de carro. 

Condição: se, caso, desde que, contanto que.
Você pode ir brincar na rua, desde que faça todo o dever. 

Finalidade: para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de.
Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, Sílvia estudava oito horas todos os dias. 

FONTE: http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/coesao-textual.jhtm

SUJEITO AGENTE E SUJEITO PACIENTE


Como já é do nosso conhecimento, a classe gramatical ora denominada de“verbo” é aquela, dentre as demais, que mais apresenta flexões. Tais flexões referem-se a tempo, modo, pessoa, número e voz.

Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão diretamente ligadas à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito.

No objetivo de compreendermos melhor como se forma todo este processo, as estudaremos detalhadamente, priorizando conceitos seguidos de seus respectivos exemplos:

Voz ativa 
Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o exemplo:

O repórter
leu a notícia
Sujeito agente
Verbo na voz ativa

Voz passiva 
Nela, a situação se inverte, pois o sujeito torna-se paciente, isto é, ele sofre a ação expressa pelo fato verbal. Vejamos:
A notícia
foi lida pelo repórter
Sujeito paciente
Verbo na voz passiva

Podemos perceber que o agente, neste caso, foi o repórter, que praticou a ação de ler a notícia.

A voz passiva apresenta-se em dois aspectos:

Voz passiva sintética – Formada por um verbo transitivo direto (ou direto e indireto) na terceira pessoa (do singular ou plural) mais o pronome “se” (apassivador).

Exemplo:
Praticaram-se
ações solidárias
Voz passiva sintética
Sujeito paciente

Voz passiva analítica – Formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo direto (ou direto e indireto).

Exemplo:

Ações solidárias
foram praticadas
Sujeito paciente
Voz passiva analítica

foram – verbo ser / praticadas - particípio

Voz reflexiva
Ocorre quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, ou seja, ele tanto pratica quanto recebe a ação expressa pelo verbo. Conforme demonstrado a seguir:

A garota
penteou-se diante do espelho
Sujeito agente
Verbo na voz reflexiva

É importante entendermos que desta forma a garota praticou a ação de pentear-se e recebeu a ação de ser penteada.


Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
FONTE: http://www.brasilescola.com/gramatica/vozes-verbais.htm

TIPOS DE DISCURSO



Ao lermos um texto, observamos que há um narrador, que é quem conta o fato. Esse locutor ou narrador pode introduzir outras vozes no texto para auxiliar a narrativa.

Para fazer a introdução dessas outras vozes no texto, a voz principal ou privilegiada, o narrador, usa o que chamamos de discurso. O que vem a ser discurso dentro do textoDiscurso é a forma como as falas são inseridas na narrativa.

O discurso pode ser classificado em: direto, indireto e indireto livre.

Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo dito por alguém. Um bom exemplo de discurso direto são as citações ou transcrições exatas da declaração de alguém.

- Primeira pessoa (eu, nós) – é o narrador quem fala, usando aspas ou travessões para demarcar que está reproduzindo a fala de outra pessoa.

Exemplo de discurso direto: “Não gosto disso” – disse a menina em tom zangado.

Discurso indireto: o narrador, usando suas próprias palavras, conta o que foi dito por outra pessoa. Temos então uma mistura de vozes, pois as falas dos personagens passam pela elaboração da fala do narrador.

- Terceira pessoa - ele(s), ela(s) – O narrador só usa sua própria voz, o que foi dito pela personagem passa pela elaboração do narrador. Não há uma pontuação específica que marque o discurso indireto.

Exemplo de discurso indireto: A menina disse em tom zangado, que não gostava daquilo.

Discurso indireto livre: É um discurso misto onde há uma maior liberdade, o narrador insere a fala do personagem de forma sutil, sem fazer uso das marcas do discurso direto. É necessário que se tenha atenção para não confundir a fala do narrador com a fala do personagem, pois esta surge de repente em meio a fala do narrador.

FONTE: http://www.simplesmenteportugues.com.br/2009/11/tipos-de-discurso-direto-indireto-e.html

ENTREVISTA


O enfoque aplicado ao termo “basicamente” se refere a uma noção genérica de que estamos acostumados a presenciar pessoas concedendo entrevistas aos veículos de comunicação, ora representados pelo rádio ou televisão, de forma presencial, ou seja, ao vivo. No entanto, há entrevistas que são transcritas para a linguagem escrita, como é o caso da ocorrência em jornais impressos ou revistas.

O aspecto que incide na diferença entre a modalidade oral/escrita é justamente as marcas da oralidade, visto que a linguagem corporal, como, por exemplo, gestos, interrupção e retomada de pensamentos, também compõem o perfil do entrevistado.

Tal gênero possui uma finalidade em si mesmo – a informação. Trata-se da interação entre os interlocutores, aqui representados na pessoa do entrevistador e do entrevistado, cujo objetivo desse é relatar suas experiências e conhecimentos acerca de um determinado assunto de acordo com os questionamentos previamente elaborados por aquele.

Referindo-nos à questão inerente ao preparo prévio, este se faz necessário em função da credibilidade requisitada pelo gênero em foco. Mesmo sendo algo relacionado à fala, o emprego de um certo formalismo e a adoção de uma postura adequada são imprescindíveis.

Analisemos de fato sobre a importância desse ato de proceder como tal. Ora, sabemos que há diferentes tipos de entrevistas, entre elas: a entrevista de emprego, a entrevista médica, a jornalística, dentre outras. A “imagem” que pretendemos passar fala muito a respeito de nós mesmos, daí a importância de nos posicionarmos de maneira condizente com os fatos circunstanciais.

Não podemos deixar de mencionar que aliado a esses requisitos também se encontra aquele a que nos é primordial - a busca incessante pelo conhecimento com vistas à amplitude de nossa visão de mundo. No caso do entrevistador, é elementar que, antes de tudo, ele tenha domínio do assunto em referência de modo a elaborar um roteiro de perguntas consideradas plausíveis e, assim, alcançar seus objetivos propostos.

Concluindo nossos conhecimentos com relação às particularidades da referida modalidade, analisemos alguns de seus elementos constitutivos. Geralmente, a entrevista costuma compor-se de:

* Manchete ou título – Como o objetivo é despertar o interesse no público expectador, essa costuma vir acompanhada de uma frase de efeito, proferida de modo marcante por parte do entrevistador.

* Apresentação - Nesse momento faz-se referência ao entrevistado, divulgando sua autoridade em relação ao posicionamento social ou relevância no assunto em questão, como, por exemplo, experiência profissional e conhecimentos relativos à situação em voga, como também os pontos principais relativos à entrevista.

* Perguntas e respostas – Trata-se do discurso propriamente dito, em que perguntas e respostas são proferidas consoante ao assunto abordado. Em meio a essa interação há um controle por parte do entrevistador para demarcar o momento da atuação dos participantes.

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

REPORTAGEM



A reportagem pode ser televisionada ou impressa!
reportagem é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação por meio da televisão, rádio, revista.

objetivo da reportagem é levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente. Isso implica em um fator essencial a um jornalista: falar bem e escrever bem.

Se televisionada, a reportagem deve ser transmitida por um repórter que possui dicção pausada e clara e linguagem direta, precisa e sem incoerências. Além de saber utilizar a entonação que dá vida às palavras, uma vez que representa na fala os sinais de pontuação!

Se impressa, a reportagem deve demonstrar capacidade intelectual, criatividade, sensibilidade quanto aos fatos e uma escrita coerente, que dinamiza a leitura e a torna fluente! Por essas questões, a subjetividade está mais presente nesse tipo de reportagem do que no outro, apontado acima!

Atualmente, com o desenvolvimento dos softwares, os repórteres têm mais recursos visuais e gráficos disponíveis, o que chama a atenção para a notícia.

Em meio aos fatos presenciados e que deverão ser transmitidos, cada repórter tem seu estilo próprio de conduzir ou de narrar os acontecimentos. Por isso, a reportagem pode ser a mesma, mas a maneira como é comunicada é diferente de um profissional para outro! Para o leitor ou telespectador é ótimo, pois ele poderá optar, por exemplo, por um jornal falado no qual se identifique com o tipo de linguagem!

Qual a diferença entre notícia e reportagem? A primeira informa fatos de maneira mais objetiva e aponta as razões e efeitos. A segunda vai mais a fundo, faz investigações, tece comentários, levanta questões, discute, argumenta.

A reportagem escrita é dividida em três partes: manchete, lead e corpo.

Manchete: compreende o título da reportagem que tem como objetivo resumir o que será dito. Além disso, deve despertar o interesse do leitor.

Lead: pequeno resumo que aparece depois do título, a fim de chamar mais ainda a atenção do leitor.

Corpo: desenvolvimento do assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo!

FONTE: http://www.brasilescola.com/redacao/a-reportagem.htm
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

ORDEM DAS PALAVRAS NA FRASE


A ORDEM DAS PALAVRAS NA FRASE

Sintaxe de Colocação

Domingos Paschoal Cegalla, em sua Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, nos diz que "embora não seja arbitrária a colocação das palavras na frase, em português, é muitas vezes livre, podendo variar de acordo com o tipo da mensagem falada ou escrita e das circunstâncias que envolvem o ato da comunicação. No arranjo dos termos na frase intervêm poderosamente a cultura, o estilo e a sensibilidade do escritor".

Com efeito, na história da literatura, escritores há que abusaram com maestria dessa arbitrariedade. No entanto, necessário se faz que tomemos cuidado ao usá-la, porque essa arbitrariedade, no nosso idioma, não significa que qualquer colocação seja aceitável e que a posição das palavras não seja controlada por principio algum. Veja:

Certa ocasião (1995) se realizaria em uma Praça de São Paulo, um ato público, cujo principal organizador era o sociólogo Herbert de Souza, o inesquecível Betinho. Uma faixa estendida sobre a avenida, ao lado da praça, convidava para o evento, com os seguintes dizeres:

=> Compareçam todos ao ato da campanha contra a fome do Betinho.

Evidentemente, os que liam a mensagem compreendiam o que o redator queria dizer, mas, certamente houve aqueles que não puderam evitar um sorriso ou um comentário sobre uma manifestação pública para saciar a fome de apenas um homem.

A ordem escolhida para as palavras na frase da faixa era inadequada devido o distanciamento do nome Betinho do termo campanha, aproximando-o de fome. Afinal de quem era a campanha? Do Betinho; então: Compareçam todos ao ato da campanha do Betinho contra a fome.

Portanto, existem alguns princípios básicos de colocação cujo conhecimento é indispensável para quem faz uso do idioma; dentre eles está: a ordem das palavras na frase. Duas são as ordens que podem reger a construção da frase: a direta e a inversa.

Na ordem direta, os termos regentes precedem os termos regidos: sujeito + verbo + complementos e/ou adjuntos:

- João / comeu / uma feijoada muito gostosa na casa de sua sogra.

Na ordem inversa alteramos a sequência normal dois termos:

- Na casa de sua sogra, João comeu uma feijoada muito gostosa.

• A ordem inversa é mais frequente na literatura, pois, obedece antes os impulsos do sentimento e da emoção.

Casos de Colocação

1. Em muitos casos, o mesmo período pode ser organizado de diferentes maneiras sem alteração do sentido:

- Todos notaram a expressão de ódio em seus olhos
- Em seus olhos, todos notaram a expressão de ódio. 
- Todos notaram, em seus olhos, a expressão de ódio.
- A expressão de ódio, todos notaram em seus olhos.

2. Certos adjetivos, antes ou depois dos substantivos, causam maior ou menor ênfase na frase: É uma triste figura de trôpego andar.

- É uma figura triste de andar trôpego.

• No primeiro caso o adjetivo triste e trôpego vem antes dos substantivos, posição que imprime maior ênfase ao substantivo e a frase. No segundo caso, dá ao substantivo uma qualidade mais neutra, mais objetiva.

• Mas atenção: Há adjetivos que assumem significados diferentes conforme a posição: homem pobre (sem recursos), pobre homem (infeliz); mestre simples (sem afetação), simples mestre (mero); qualquer pessoa (indeterminada), uma pessoa qualquer (insignificante).

3. De acordo com o costume de nossa língua, antepomos os possessivos aos substantivos: minha vida, nosso pai,  tua lembrança. No entanto, na linguagem enfática, são intencionalmente pospostos:

- Quanto me dói uma lembrança tua!

- "Pai nosso, que estai no céu..."

4. Usamos, de preferência, a conjunção [porém] intercalada na oração: A verdade, porém, é que ele foi reprovado.

Entretanto, não é prática reprovável colocarmos essa adversativa no fim da oração a que pertence, desde que a isto não se oponha a harmonia e o ritmo da frase:

- "Não inventamos nada, porém." (Mário Barreto)

- "As represálias não tardam, porém." (Ciro dos Anjos)

O mesmo se dá com a conjunção sinônima, entretanto:

- "A fuga repetia-se, entretanto." (Machado de Assis) 

FONTE: http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1590637

FORMAÇÃO DE PALAVRAS


Há em Português palavras primitivas, palavras derivadas, palavras simples, palavras compostas.

Palavras primitivas: aquelas que, na língua portuguesa, não provêm de outra palavra.
Pedra, flor.

Palavras derivadas: aquelas que, na língua portuguesa, provêm de outra palavra.
Pedreiro, floricultura.

Palavras simples: aquelas que possuem um só radical.
Azeite, cavalo.

Palavras compostas: aquelas que possuem mais de um radical.
Couve-flor, planalto.

As palavras compostas podem ou não ter seus elementos ligados por hífen.

Processos de formação de palavras:

Composição

Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição; justaposição e aglutinação.

• Justaposição: ocorre quando os elementos que formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos:
Para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.

• Composição por aglutinação: ocorre quando os elementos que formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua integridade sonora:
Aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto)
Pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre)

Derivação por acréscimo de afixos 

É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivada) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética.

 Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo.

In--------feliz       des----------leal
Prefixo radical  prefixo radical

 Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo.

Feliz----mente   leal------dade
Radical sufixo   radical sufixo

• Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese formam-se principalmente verbos.

En-------trist-----ecer
Prefixo radical  sufixo
en--------tard-----ecer
prefixo radical sufixo


Outros tipos de derivação

Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a derivação imprópria.

• Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos.
• Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente na classe gramatical.

Observe:

jantar (substantivo)
deriva de jantar (verbo)
mulher aranha (o adjetivo aranha deriva do substantivo aranha)
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva da conjunção porque)


Outros processos de formação de palavras:

Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
FONTE: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-palavras-ii.htm

ESTRUTURA DE PALAVRAS


Conceitos básicos: 

Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.

Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.

Classificação dos morfemas:

Radical

Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.

Afixos

Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir deescola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome de prefixos

Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.

Desinências

Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).

Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.

• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina

Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
 

cant-á-va-mos
cant-á-sse-is
cant: radical
cant:
radical
-á-: vogal temática
-á-: vogal temática
-va-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo)
-sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo)
-mos:desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural)
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural)

Vogal temática

Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.

• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.

• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação.
 

primeira conjugação
segunda conjugação
terceira conjugação
govern-a-va
estabelec-e-sse
defin-i-ra
atac-a-va
cr-e-ra
imped-i-sse
realiz-a-sse
mex-e-rá
ag-i-mos

Vogal ou consoante de ligação 

As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.


FONTE: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-palavras-i.htm

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

USO DOS PORQUÊS


O uso dos porquês é um dos assuntos da gramática que mais geram dúvidas em suas situações de uso. Na língua portuguesa para cada tipo de enunciado temos um termo adequado a ser utilizado (e são quatro!), diferente de outros idiomas que possuem apenas uma forma para a interrogação e uma para a justificativa.

Acompanhe em quais situações se usam os porquês:

1. Por que: 
Em frases interrogativas, sejam elas diretas ou indiretas.
Eu quero saber por que  os militares estiveram aqui.
Por que os militares estiveram aqui?
Quando subentender razão. 
Vou lhe dizer por que  [razão] não gosto de futebol.
Quando puder ser substituído por pelo qual e outros termos similares.
A situação por que [pela qual] passou a vítima foi constrangedora.

2. Por quê:
Usado no final de frases interrogativas ou não:
As crianças estão tendo pesadelos, por quê?
O Brasil é rico em biodiversidade. Por quê?
Não sei quando comecei a ser consumista e nem por quê.

3. Porque:
Em orações que têm a função de explicar algo ou indicar causa.
Ela faz letras, porque gosta de literatura e gramática.
Não saí de casa, porque choveu.

4. Porquê:
Essa palavra tem função de substantivo e significa “motivo” e “razão”. É importante dizer que vem sempre acompanhada de artigo e também pode vir precedida por pronomes.
Preciso descobrir o porquê de tantas dúvidas.
(Repare que o artigo o é responsável pela substantivação do “porquê”) 
Eu só queria entender os porquês do rompimento matrimonial.

Por: Miriã Lira, em 18/09/2012
FONTE: http://www.coladaweb.com/portugues/uso-de-por-que,-por-que,-porque-e-porque

PROBLEMAS GERAIS DA LÍNGUA CULTA


O que são Sinônimos e Antônimos:

* Sinônimos

São palavras de sentido igual ou aproximado:
  • alfabeto - abecedário;
  • brado, grito - clamor;
  • extinguir, apagar - abolir.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:
  • adversário e antagonista;
  • translúcido e diáfano;
  • semicírculo e hemiciclo;
  • contraveneno e antídoto;
  • moral e ética;
  • colóquio e diálogo;
  • transformação e metamorfose;
  • oposição e antítese.

* Antônimos

São palavras de significação oposta:
  • ordem - anarquia;
  • soberba - humildade;
  • louvar - censurar;
  • mal - bem.
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:
  • bendizer e maldizer;
  • simpático e antipático;
  • progredir e regredir;
  • concórdia e discórdia;
  • ativo e inativo;
  • esperar e desesperar;
  • comunista e anti­comunista;
  • simétrico e assimétrico.
O que são Homônimos e Parônimos:

* Homônimos

a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia:
  • rego (subst.) e rego (verbo);
  • colher (verbo) e colher (subst.);
  • jogo (subst.) e jogo (verbo);
  • apoio (subst.) e apóio (verbo);
  • denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
  • providência (subst.) e providencia (verbo).
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita:
  • acender (atear) e ascender (subir);
  • concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
  • cela (compartimento) e sela (arreio);
  • censo (recenseamento) e senso (juízo);
  • paço (palácio) e passo (andar).
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São  palavras iguais na escrita e na pronúncia:
  • caminho (subst.) e caminho (verbo);
  • cedo (verbo) e cedo (adv.);
  • livre (adj.) e livre (verbo).

* Parônimos

São palavras parecidas na escrita e na pronúncia:
  • coro e couro;
  • cesta e sesta;
  • eminente e iminente;
  • osso e ouço;
  • sede e cede;
  • comprimento e cumprimento;
  • tetânico e titânico;
  • autuar e atuar;
  • degradar e degredar;
  • infligir e infringir;
  • deferir e diferir;
  • suar e soar.
FONTE: http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-antonimos,-homonimos-e-paronimos

TEXTO E INTERTEXTO


intertextualidade  é uma espécie de conversa entre textos; esta interação pode aparecer explicitamente diante do leitor ou estar em uma camada subentendida, nos mais diferentes gêneros textuais. Para compreender a presença deste mecanismo em um texto, é necessário que a pessoa detenha uma experiência de mundo e um nível cultural significativos.

O intertexto  só funciona quando o leitor é capaz de perceber a referência do autor a outras obras ou a fragmentos identificáveis de variados textos. Este recurso assume papéis distintos conforme a contextura na qual é inserido. A pressuposta cultura geral relacionada ao uso deste mecanismo literário deve, portanto, ser dividida entre autores e leitores.

E não há limite para as esferas do conhecimento que podem ser acessadas tanto pelo produtor do texto, quanto por seu receptor. Isto significa que o intertexto não está somente ligado ao contexto literário. Ele pode estar presente na pintura, a qual pode interagir com uma foto produzida séculos depois; na publicidade, quando, por exemplo, o ator que anuncia o Bom Bril está trajado como a Mona Lisa, criada por Leonardo da Vinci.

No caso desta propaganda, o intérprete compara a forma como o ‘Mon Bijou” deixa a roupa bem limpa e perfumada, com a criação de uma obra-prima, alusão à criação de da Vinci. Seu idealizador, portanto, faz uma analogia entre o produto que deseja vender e a elaboração de uma imagem pictórica, levando ao consumidor a possibilidade de se atualizar culturalmente.

Há pelo menos sete tipos de intertextualidade. A Epígrafe é um pequeno trecho de outra obra, ou mesmo um título, que apresenta outra criação, guardando com ela alguma relação mais ou menos oculta. A Citação é um fragmento transcrito de outro autor, inserido no texto entre aspas.

A Paráfrase é a réplica de um escrito alheio, posicionado em um uma obra com as palavras de seu autor. Este deve, portanto, esclarecer que o trecho reproduzido não é de sua autoria, citando a fonte bibliográfica pesquisada, a fim de não cometer plágio. A Paródia é uma distorção intencional de outro texto, com objetivos críticos ou irônicos.

O Pastiche é a imitação rude de outros criadores – escritores, pintores, entre outros – com intenção pejorativa, ou uma modalidade de colagens e montagens de vários textos ou gêneros, compondo uma espécie de colcha de retalhos textual. A tradução se insere na esfera da intertextualidade porque o tradutor recria o texto original.

A Referência é o ato de se mencionar determinadas obras, de forma direta ou indireta. A 
Alusão é uma figura de linguagem que se vale da referência ou da citação de um evento ou de uma pessoa, concreta ou integrante do universo da ficção, denominada interlocutor. Ela é igualmente conhecida como ‘intertextualidade’ ou ‘polifonia’.

O intertexto, portanto, não se refere apenas a textos literários, mas também a músicas, imagens – vídeos, filmes, todos os recursos visuais. Assim, em uma composição musical, no lançamento cinematográfico, na animação que se assiste em casa, na publicidade, nas pinturas e outras artes plásticas, enfim, em todas as linguagens artísticas, está presente a intertextualidade.

FONTE: http://www.infoescola.com/redacao/intertexto/ (por Ana Lúcia Santana)

CRÔNICA


Crônica: Gênero entre jornalismo e literatura

Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto, você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de sua redação e terá exemplos.

Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição de crônica como "narração histórica". É a "Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha", na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretudo, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia.

Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos.

A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.

O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.

Jornalismo e literatura

É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua durabilidade no tempo. 

Características das crônicas
 A crônica é um texto narrativo que:

·         É, em geral, curto;
·         Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns, do dia a dia;
·         Traz as pessoas comuns como personagens, sem nome ou com nomes genéricos. As personagens não têm aprofundamento psicológico; são apresentadas em traços rápidos;
·         É organizado em torno de um único núcleo, um único problema;
·         Tem como objetivo envolver, emocionar o leitor.

FONTE: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/cronica-genero-entre-jornalismo-e-literatura.htm (Alfredina Nery, Especial para a Página 3 - Pedagogia e Comunicação é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua/linguagem/leitura).